A linha dos Orientais na Umbanda

Apesar de a Umbanda ser uma religião com mais de 112 anos de existência no plano material e de possuir características universalistas que se destacam, há pessoas que nunca ouviram falar da linha dos Orientais, ou mesmo que já tendo conhecimento Nunca tiveram a oportunidade de incorporar estes guias espirituais maravilhosos e de extrema força e doutrina magníficas.
É verdade que muitas pessoas da comunidade umbandista confundem ou associam os orientais com a linha dos ciganos, tratando-os como guias espirituais semelhantes. Também é verdade que está confusão se dá pelo fato destas duas linhas distintas terem as energias sutis durante a incorporação. Mas na linha dos ciganos, que é regida pela Sagrada e Divina Orixá Oroiná, Senhora da justiça e do fogo Divino, atua na vida das pessoas de forma completamente diferente do que os orientais. Os ciganos atuam trazendo leveza para a nossa mente, abrem nossos caminhos tornando-os mais prósperos e mais alegres. Purificam nossos sentimentos no fogo, consumindo nossos excessos e aceleram nossa evolução nos ensinando sobre como podemos desenraizar nossa mente do materialismo. A linha do orientais é regida pelo Sagrado e Divino Orixá Oxalá, pois ela é formada por espíritos que foram sacerdotes e religiosos de várias culturas diferentes, e trazem em si esse conhecimento ligado a fé, a religiosidade e ao tempo devido de todas as coisas. São guias espirituais, verdadeiros mentores, com um enorme conhecimento sobre a vida, o lado espiritual e Divino da Criação, e que possuem uma postura mais serena, meditativa, reflexiva e de extrema paz. Os espíritos desta linha trabalham em todos os sentidos da vida, e tem a característica de nos conduzir ao nosso íntimo de forma reflexiva. Eles nos mostram o valor do silêncio, de internalizar os bons hábitos e meditar sobre tudo o que acontece em nossa vida de forma a aprender com tudo. Os orientais nos fazem olhar para dentro de nós, e entender nossas verdadeiras necessidades e escolhas, nos conduzindo sutilmente a deixar de lado as ilusões materialistas e a desenvolver nossas capacidades mentais e emocionais, trilhando nossa existência material de forma mais madura e simples. Para quem nunca incorporou um oriental, não precisa temer ou ficar ansioso. Essa linha tem por características a paz de espírito e a luminosidade consciêncial, trazendo essas qualidades ao médium no momento da incorporação. Estes guias podem se apresentar com vários tipos de nomes, como por exemplo de orientais: • Maya • Indra • Zartur • Krishna • Durga • Zara Podem ser nomes de mestres luminosos: • Rowena • Seraph • Etc. Podem ser nomes associados a elementos, a cores ou a campos da natureza: • Mestre Terra Negra • Mestra Agua Azul • Mestre Nuvem cinzenta • Mestre Céu • Mestra Lua Nova • Mestra Esmeralda • Mestre Opala. • Etc. Existem muitos nomes de orientais que ainda não conhecemos, e conforme esta linha de trabalhos vai se assentando e ganhando espaço nos templos de Umbanda e nos dias de atendimento ao público. Espero que este texto tenha contribuído para assentar essa magnífica linha de trabalhos espirituais, que já tanto nos auxilia sem mesmo saber de sua existência, e que tem muito a ensinar e contribuir para a nossa evolução.