O que é mistificação?

É atribuído ao termo mistificação a aqui que é falso, enganação, abusar da credulidade alheia, mentira, embair, falsificar, lograr ou ludibriar. Mas esse significado se mantém na Umbanda, quando nos referimos a mistificação de médiuns em um trabalho espiritual?
A resposta é sim. Mistificar ou mistificação em referencia aos trabalhos espirituais de Umbanda significa justamente isso: uma mentira! Um ato de enganação, onde um “médium” estaria enganando pessoas, ludibriando-as fingindo estar incorporado de uma entidade ou guia espiritual.
Quando se diz que um “médium” estaria mistificando, o que se refere é que este suposto médium estaria mentindo, se fazendo passar por uma pessoa incorporada de um guia espiritual para tirar algum tipo de vantagem disso, se aproveitando a boa vontade alheia para extorquir ou explorar.
É importante ressaltar neste momento que a mistificação não se trará de uma prática umbandista ou mesmo espiritualista de qualquer fonte. É sim algo realizado por pessoas de má índole, não idóneas e que tem como função se aproveitar de pessoas menos conhecedoras ou menos preparadas dos conhecimentos espirituais e divinos. Não existe, neste caso, nenhuma manifestação espiritual ocorrendo com o mistificador, e sim somente um fingimento, uma imitação barata de incorporação ou de qualquer outra forma de manifestação mediúnica. Não passa de uma pessoa de mau caráter imitando os trejeitos de um guia espiritual para arrancar o que quer, seja dinheiro, bens materiais ou mesmo favores, podendo até chegar ao ponto de sugerir relacionamentos lascivos e atividades sexuais com os seus supostos médiuns.
A Lei Maior de Deus que a tudo vê acompanha de perto estes iludidores, que receberam ainda na carne o seu castigo por iludir pessoas inocentes, pois todo aquele que se serve de mentiras utilizando o nome dos guias espirituais e dos Sagrados Orixás receberá a devida punição e castigo por enganar e abusar daqueles que buscam na fé o seu socorro.
E a todos os irmãos e irmãs que leem estas palavras, que saibam a verdade e fiquem sempre atentos, pois um legítimo médium incorporado de um guia espiritual luminoso jamais irá se aproveitar de sua inocência, assim também como jamais irá lhe pedir dinheiro ou outros bens matérias, pois um espirito luminoso iniciado nos mistérios divinos não necessita de nada que venha do plano material.
A utilização de elementos comuns na religião de Umbanda como velas, algumas bebidas (que inclusive não são nem de marca famosa ou das mais caras), ervas, flores, pedras pequenas e outros, são para a realização de magias religiosas que tem como finalidade desmanchar demandas e/ou rearmonizar energeticamente o consulente, mas que de forma nenhuma serve para qualquer outra finalidade. Atentem-se ao que lhes é pedido em seus trabalhos espirituais, pois nunca será algo além do que já se conhece nas práticas umbandistas.
Os médiuns mais jovens na religião, que estão desenvolvendo sua mediunidade não precisam se preocupar em algum momento fazer uma mistificação, pois isso não é derivado da mediunidade e sim da má índole, das más intenções de uma pessoa, pois nenhum espirito luminoso que se prese se sujeitaria a estar presente de uma pessoa mesquinha para lhe ajudar a passar a perna em mais pessoas. Mistificação é sinônimo de mentira, de enganação, de arrogância extrema e abuso da crença alheia. Um médium que entende as funções do exercício da espiritualidade sabe o quão sério é o seu trabalho e respeita a presença de seu guia espiritual, e com isso se entrega no momento de exercer a sua mediunidade nas giras de Umbanda.
Espero que com este texto tenham entendidos a gravidade da mistificação e a seriedade de um trabalho espiritual de Umbanda.
Paz e bem.